XicoNhocaXiconhoca Files Ficheiros Secretos à portuguesa
Camarate - a confissão
1. Eu, Fernando Farinha Simões, decidi finalmente, em 2011, contar toda a verdade sobre Camarate. No passado nunca contei toda a operação de Camarate, pois estando a correr o processo judicial, poderia ser preso e condenado. Também porque durante 25 anos não podia falar, por estar obrigado ao sigilo por parte da CIA, mas esta situação mudou agora, ao que acresce o facto da CIA me ter abandonado completamente desde 1989. Finalmente decidi falar por obrigação de consciência.
2. Fiz o meu primeiro depoimento sobre Camarate, na Comissão de Inquérito Parlamentar, em 1995. Mais tarde prestei alguns depoimentos em que fui acrescentando factos e informações. Cheguei a prestar declarações para um programa da SIC, organizado por (...)
O Relatório Steyn
Relatório secreto envolve Portugal como esconderijo de armas do ‘apartheid’
PORQUE SERÁ QUE EM PORTUGAL, IMPRENSA, TRIBUNAIS, FORÇAS POLÍTICAS, NINGUÉM DEU A MÍNIMA ATENÇÃO A ISTO?
QUEM FORAM OS DOIS OPERATIVOS PORTUGUESES EXECUTADOS?
ONDE? QUANDO? POR QUEM? PORQUÊ?
ONDE - EM TERRITÓRIO NACIONAL - FORAM DEPOSITADAS TAIS ARMAS? QUEM GUARDOU? QUANDO?
Quem matou Samora Machel?
NOME DE GUERRA: "RUMBA". UMBERTO CASADEI 'RUMBA' APONTA O DEDO A MAPUTO, TAL COMO GRAÇA MACHEL
QUEM SÃO OS DOIS GENERAIS CITADOS NOS TEXTOS?
O acidente aéreo que em 1986 vitimou o Presidente Samora Machel terá sido comandado de Maputo, acusa o advogado italo-moçambicano Umberto Casadei, que trabalhou desde 1970 para os serviços de contra-espionagem da Frelimo.
«Eu descobri, com base nas revelações de um soviético, como tinha sido possível, tecnicamente, ao operador das ajudas de terra à navegação aérea tornar (aquelas) ineficientes, sem deixar qualquer rasto e sem sequer o controlador da torre se aperceber disso», afirmou Casadei, numa entrevista publicada em Maputo pelo diário «Imparcial».
«Adverti todas as entidades interessadas, mas ninguém quis ouvir-me, o que me deixou com a clara sensação de que eles sabiam muito mais do que eu, mas o que queriam é que eu ficasse bem calado e tranquilo», acrescentou.
Machel e a sua comitiva, bem como a tripulação soviética, perderam a vida na noite de 19 de Outubro de 1986, quando o Tupolev em que viajavam no regresso de uma cimeira em Lusaca, embateu contra uma montanha em Mbuzini, na província sul-africana do Transvaal.